Fui uma menina que acreditou em muitas coisas. Papai Noel, Homem do Saco, Coelhinho da Páscoa e outros tantos personagens. Mas eu gostava mesmo eram de histórias com finais felizes. Não tem jeito: a gente quer que a vida tenha um pouco mais de cor.
É natural que depois de um certo tempo as dúvidas comecem a aparecer. Será que o tal príncipe existe? Será que o final vai ser mesmo feliz? O que será, que será? Por favor, não me condene: a gente precisa estar com o coração preenchido para ser feliz. Agora você olha no fundo dos meus olhos castanhos e pergunta se eu acho que uma mulher precisa de um homem para ser feliz. Te respondo que uma mulher precisa de amor para ser inteira.
Amor pelo que faz. Amor pelo espelho. Amor pela família. Amor pelos amigos. Amor pelo bichinho de estimação. Amor pelo outro. Amor de volta. Porque dar amor é bom. Mas receber amor também é melhor ainda. Quem não gosta? Desculpa, mas meu coração não entende muito bem a solidão. Gosto de abraço de urso, beijo estalado, carinho no cabelo e sorriso bem largo, espaçoso, verdadeiro.

Não aguento mulher que só fala em dieta, celebridade, roupa, dinheiro e mal de homem. O mundo é maior que um closet cheio de sapatos. Maior que a dieta dos pontos. Maior que o milhão de reais que o Fael ganhou no último BBB. Maior. Gosto das coisas de dentro. O que está por fora muda a cada estação. A essência, não. Muita gente não tem paciência de tentar. Fogem no primeiro problema. Desistem no primeiro empecilho. Esquecem da essência.
Se alguma coisa não deu certo pra você, não jogue a culpa no amor. Ele não tem nada a ver com isso. As coisas dão certo até onde tem que dar. Se parou de funcionar, se o amor morreu sufocado ou afogado, se não tem mais jeito, o negócio é viver o luto, curtir a fossa e cuidar da vida. Fazer aula de italiano, ler vários livros, assistir filmes, jogar charme para o amigo do seu amigo. Sem ofender o amor e os apaixonados. Porque um dia você vai amar de novo. E, desculpa o meu lado bobo, mas um dia você vai amar de novo o novo amor da sua vida. Envelhecer junto. Andar de bengala na praça em um domingo ensolarado e dizer 'um-dia-eu-ri-da-cara-do-amor'.